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Champagne na França: porque essa região é importante para a vinicultura?

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Champagne na França: porque essa região é importante para a vinicultura?

Quando se fala em champagne, obviamente, você pensa no famoso espumante francês, não é mesmo? Mas você sabia que apenas os espumantes produzidos na região francesa de Champagne podem levar o nome de champagne em seus rótulos?

            Se você ficou curioso a respeito desse tema, então, continue com a leitura deste artigo. E confira muitas informações sobre essa importante região para a vinicultura.

  • História da região de Champagne
  • Denominação de origem

História da região de Champagne

            A região de Champagne fica a 145 km a nordeste da capital francesa Paris. Antigamente, era chamada pelos romanos de campagnia, sendo que a produção vinícola ocorre desde a época do Império Romano. Porém, a sua fama internacional surgiu apenas no século XVII.

            Existe uma lenda que permeia o aparecimento do champagne, a de Dom Pérignon. Conta-se que esse monge beneditino, que também era um mestre de cave de uma abadia na região, descobriu a famosa bebida ao acaso.

            O vinho com borbulhas foi encontrado na sua adega, ao qual experimentou e se deliciou. Mas não foi bem assim. Naquela época, quando o vinho ganhava as borbulhas, era um grande incômodo para os champenois, ou seja, os produtores de vinhos tintos.

            Elas eram o resultado de uma combinação única de características locais. Mas como o objetivo inicialmente era produzir vinho tinto e concorrer com a Borgonha, na época, a rival italiana na produção da bebida, as borbulhas só atrapalhavam.

Como a bebida local se tornou a champagne

            Os vinhos eram ainda arenosos, turvos, ácidos e rosados. Porém, tudo tem uma explicação. A região é uma das mais frias do mundo onde se produz vinho. Dessa forma, a bebida era produzida no outono e descansava ao longo do inverno, a fim de serem vendidos na primavera.

            Mas devido à temperatura, a fermentação pela qual deve passar o vinho era interrompida. Assim, na primavera as leveduras restantes acordavam e continuavam o trabalho, resultando em uma segunda fermentação natural. Essa libera gás carbônico, criando a famosa espuma.

            Os produtores não sabiam porque isso acontecia e passaram anos tentando resolver o problema, inclusive, Pérignon. Foi ele quem criou diferentes técnicas para aperfeiçoar a bebida até transformá-la no famoso espumante.

            Entre elas, fazer vinho branco a partir de uvas tintas, separar o vinho produzido conforme os vinhedos e criar um blend de vinhos com distintas uvas. Porém, não conseguiu eliminar as borbulhas, até que os produtores decidiram aproveitar essa característica e refinar a bebida.

Denominação de origem

            A região de Champagne possui a chamada Denominação de Origem, o que na França é determinado pela sigla AOC –  Appellation d´Origine Contrôllè. Isso quer dizer que apenas os espumantes lá produzidos podem levar o nome champagne no rótulo, desde 1927.

            E mais, no local existem seis sub-regiões que produzem a bebida e mesmo que haja, em cada uma, diferenças em relação a solo e microclima, todas são responsáveis pela champagne conhecida hoje em dia. E claro, apenas esse tipo de espumante é produzido.

            A denominação de origem exige ainda que os produtores sigam uma série de regras, a fim de garantir a qualidade da bebida. Curiosamente, a champagne que deu o pontapé inicial na sua fama internacional era feita com três tipos de uvas, Pinot Meunier, Chardonnay e Pinot Noir.

            Embora a lógica de produção tenha permanecido a mesma, o processo foi modernizado. Atualmente, a segunda fermentação é altamente controlada.

            Assim, não se engarrafa mais o espumante antes de acabar a primeira fermentação, mas sim, é acrescido na garrafa do vinho seco (sem açúcar), um pouco de leveduras e licor de expedição. Dessa forma, após dois anos, obtém-se o champagne fresco, cheio de personalizada.

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